Armadilha
Quando o vi pela primeira vez perguntei a vida o porquê da armadilha.
Não deveríamos nos conhecer naquele lugar, você não precisava estar ali.
Entre os feridos, há salvadores. Entre os anjos, os mestres.
Na dedicação, está o amor. Entre o meu caos, os seus cuidados.
Dentro de mim era imensa a inquietação que me tomava,
Meu pensamento se confundia enquanto tentava ouvir o que você dizia.
Era minha voz que só queria calar-se diante do seu olhar, queria apenas sentir-te.
As palavras passavam como vento, eu tentava me agarrar a elas.
Mas o que eu queria era me deter verdadeiramente em seus braços...
Tentei fugir, tirei você de perto de mim o mais rápido que pude.
Quando já se fazia esquecido, voltara a se fazer presente.
Ainda mais atordoada não resisti em seguir-te. Assim o fiz na tentativa de esquecer-te.
Minha esperança era desmistificar um fantasia que se instalou em mim.
De repente percebi que talvez eu não estivesse sozinha nesta viagem,
E que tu podes hoje estar carregando também um desejo reprimido.
Há uma seqüência de perguntas que me rondam e sua imagem que me persegue,
Será que também te assombro? Este sentimento e medo serão apenas meus?
Talvez eu nunca desvende este segredo e jamais obtenha resposta alguma vinda de ti...
E, por favor, me perdoe pela covardia de não entregar-me! Crica Fonseca
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