Tenho olhos de águia para te ouvir melhor.
Meu coração bate no cérebro.
Disfarço-me em partes para ser autêntica.
Não sei quanto o dinheiro custa,
Vivo o meu salário.
Não valorizo momentos de prazer em números,
Às vezes faço investimentos que não valem à pena.
Acredito na guerra diária,
Não concordo com a luta armada.
Abomino o poder que oprime as idéias.
Nada mais imponente que botas de salto agulha!
Não distingo onde está a beleza física ou a falta dela.
Tenho medo da mente das pessoas,
Talvez porque a minha seja tenebrosa.
Guardo em segredo aquilo que não foi ainda exaltado.
Fui covarde,
Evitei correr riscos.
Sou frágil.
Se eu quebrar quem vai me colar?
Sou dócil quando domesticada,
O carinho e a atenção quebram minhas resistências.
Meu sistema imunológico combate paixões.
Mantenho-me refém de mim mesma.
E as botas? Ah! Eu amo minhas botas...
Crica Fonseca
2 comentários:
apaixonante, exceto pelas botas... medo! hehehe
"Tenho medo da mente das pessoas,
Talvez porque a minha seja tenebrosa."
Por vezes me encontrei nessas palavras..
Muito bom aqui... parabéns! Adorei!
Abraçço
Postar um comentário