Por vezes, recebo a visita mal vinda de um medo que me invade a alma.
Teorias, valores e atitudes... Perco-me em mim mesma.
A insegurança invade o corpo deitado, quando me preparo para dormir.
Estendida na cama, eu começo a deixar o mundo das coisas palpáveis,
Mas antes do sonho, o medo de existir e a incerteza do futuro.
Angustia-me não ter respostas para tantos questionamentos que me assombram.
Detrás da escuridão há consigo pensamentos insanos, profanos e meus enganos...
Deitar-me sozinha me deixa na totalidade da minha própria companhia.
Posso ser cruel comigo mesma, não preciso que ninguém me corrija.
Posso ser amável, quando uma aceitação incondicional despertada ao longe me acalenta.
Onde eu estiver, e tal qual eu for, sei que tenho em mim tudo o que preciso pra ser feliz.
Aos poucos alcanço a esperança persistente em minha vaga memória.
Vez ou outra, eu sinto alegria e me orgulho de ser o que sou e estar onde estou.
Reconheço minhas vitórias. Tomo para mim a responsabilidades das minhas derrotas.
Percebo luzes... Meu farol interior reflete amor próprio. Aos poucos me acalmo.
Agradeço meus preciosos desafios que me tornam uma pessoa melhor.
Acreditar que o sentido a vida está em saber continuar deixa-me cerrar meus olhos.
Crica Fonseca
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