Botas Salto Agulha

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segunda-feira

Por que ter um "Amante"?

Muitas pessoas tem um amante e outras gostariam de ter um. Há também as que não tem, e as que tinham e perderam.
Geralmente, são essas últimas que vem ao meu consultório, para me contar que estão tristes ou que apresentam sintomas típicos de insônia, apatia, pessimismo, crises de choro, dores etc.
Elas me contam que suas vidas transcorrem de forma monótona e sem perspectivas, que trabalham apenas para sobreviver e que não sabem como ocupar seu tempo livre.
Enfim, são várias as maneiras que elas encontram para dizer que estão simplesmente perdendo a esperança.
Antes de me contarem tudo isto, elas já haviam visitado outros consultórios, onde receberam as condolências de um diagnóstico firme: "Depressão", além da inevitável receita do anti-depressivo do momento.
Assim, após escutá-las atentamente, eu lhes digo que não precisam de nenhum anti-depressivo; digo-lhes que precisam de um AMANTE!!!
É impressionante ver a expressão dos olhos delas ao receberem meu conselho.
Há as que pensam: "Como é possível que um profissional se atreva a sugerir uma coisa dessas"?!
Há também as que, chocadas e escandalizadas, se despedem e não voltam nunca mais.
Aquelas, porém, que decidem ficar e não fogem horrorizadas, eu explico o seguinte: "AMANTE" é aquilo que nos "apaixona", é o que toma conta do nosso pensamento antes de pegarmos no sono, é também aquilo que, às vezes, nos impede de dormir.
O nosso "AMANTE " é aquilo que nos mantém distraídos em relação ao que acontece à nossa volta. É o que nos mostra o sentido e a motivação da vida.
Às vezes encontramos o nosso "AMANTE" em nosso parceiro, outras, em alguém que não é nosso parceiro, mas que nos desperta as maiores paixões e sensações incríveis.
Também podemos encontrá-lo na pesquisa científica ou na literatura, na música, na política, no esporte, no trabalho, na necessidade de transcender espiritualmente, na boa mesa, no estudo ou no prazer obsessivo do passatempo predileto.
Enfim, é "alguém" ou "algo" que nos faz "namorar a vida" e nos afasta do triste destino de "ir levando"!
E o que é "ir levando"?
Ir levando é ter medo de viver.
É o vigiar a forma como os outros vivem, é o se deixar dominar pela pressão, perambular por consultórios médicos, tomar remédios multicoloridos, afastar-se do que é gratificante, observar decepcionado cada ruga nova que o espelho mostra, é se aborrecer com o calor ou com o frio, com a umidade, com o sol ou com a chuva.
Ir levando é adiar a possibilidade de desfrutar o hoje, fingindo se contentar com a incerta e frágil ilusão, de que talvez possamos realizar algo amanhã.
Por favor, não se contente com "ir levando"; procure um amante, seja também um amante e um protagonista "DA SUA VIDA"!
Acredite: O trágico não é morrer, afinal a morte tem boa memória, e nunca se esqueceu de ninguém.
O trágico é desistir de viver!
Por isso, e sem mais delongas, procure um amante!
A psicologia após estudar muito sobre o tema, descobriu algo transcendental:
"PARA ESTAR SATISFEITO, ATIVO E SENTIR-SE JOVEM E FELIZ, É PRECISO NAMORAR A VIDA".
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Autor: Apenas consegui reconhecer que foi escrito por uma psicóloga.
Fonte: E-mail recebido em minha caixa postal

Eu - Temporada de Inverno 2010


Ética Objetiva e Subjetiva

Ética não é apenas um conjunto de normas que norteiam o comportamento humano traduzindo atitudes em boas ou más. É, principalmente, assegurar valores relevantes para a manutenção do equilíbrio das relações sociais. Podendo apresentar-se como regras definidas claramente em seu caráter objetivo. Assim como, ser uma abrangente gama de valores subjetivos individuais ou coletivos, que não devem ser alvo de movimentos separatistas ou preconceituosos.

No exercício profissional dos psicólogos deve-se levar em consideração que tais valores não são fixos e imutáveis, não são estagnados, e estão em constante desenvolvimento de acordo com o contexto sócio-cultural e econômico, podendo ser até mesmo religioso, onde o indivíduo está inserido.

A Constituição Brasileira em seus Princípios Fundamentais estabelece diretrizes baseadas em Valores Universais necessários para o exercício da cidadania neste país. Outros documentos foram formulados como ramificações desta fonte. Cabe ao povo e aos seus governantes conhecer e atuar à luz destes quando convivendo em sociedade.

A natureza subjetiva dos valores éticos dá ao indivíduo a responsabilidade para agir considerando impressões e interpretações internas para que sejam estabelecidas atitudes em relação ao outro e a si mesmo. Não apenas como o direito de ir e vir, como também o de expressar-se livremente onde a subjetividade de cada um não deve ferir a subjetividade do outro para que haja harmonia nas relações.

Diferentes líderes e psicólogos defendem a importância da humanização dos processos interativos incorporando a subjetividade como elemento de coesão entre as pessoas e os padrões de conduta. É compreender o outro como capaz de fazer escolhas individuais, atuar e pensar em sua forma própria criando condições favoráveis para uma vida plena no ambiente em que está inserido e com a natureza.

Crica Fonseca

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A loucura é a vivência visceral, intensa e ilimitada da poesia;
ou a completa falta dela...


Crica Fonseca




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quinta-feira

Monte Castelo

Composição: Renato Russo

Ainda que eu falasse a língua dos homens.
E falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.

É só o amor, é só o amor.
Que conhece o que é verdade.
O amor é bom, não quer o mal.
Não sente inveja ou se envaidece.

O amor é o fogo que arde sem se ver.
É ferida que dói e não se sente.
É um contentamento descontente.
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer.
É solitário andar por entre a gente.
É um não contentar-se de contente.
É cuidar que se ganha em se perder.

É um estar-se preso por vontade.
É servir a quem vence, o vencedor;
É um ter com quem nos mata a lealdade.
Tão contrário a si é o mesmo amor.

Estou acordado e todos dormem todos dormem todos dormem.
Agora vejo em parte. Mas então veremos face a face.

É só o amor, é só o amor.
Que conhece o que é verdade.

Ainda que eu falasse a língua dos homens.
E falasse a língua do anjos, sem amor eu nada seria.