Obviamente, não estou falando de perder a sua vida ao se comprometer, mas de conseguir ter noção, antes de mais nada, da diferença de comportamento entre quem se envolve e quem se compromete.
Estar envolvido é dar-se em parte, é estar junto enquanto está bom, enquanto lhe convém, lhe é interessante, enquanto você não se vê convidado a superar dificuldades, rever conceitos e valores, modificar suas atitudes a fim de fazer dar certo.
Estar envolvido é ficar somente enquanto você não precisa perder nada, não precisa abrir mão de algo que lhe é caro, não precisa sentir-se com menos alguma coisa em função desta relação, do outro, do amor que você sente.
Estar comprometido é disponibilizar-se inteiramente, é estar disposto a qualquer coisa – dentro dos limites humanos, é claro – para que o amor prevaleça, para que o seu relacionamento sobreviva apesar das batalhas perdidas, apesar de ter que exercer a sua compaixão e colocar-se no lugar do outro, tentando compreender suas necessidades e desejos, a fim de que o relacionamento ganhe.
Estar envolvido é priorizar a si mesmo na maioria das vezes, levando em conta que a relação só vale a pena se lhe trouxer vantagens. Por outro lado, estar comprometido é priorizar essa triangulação que envolve você, o outro e o mundo criado a partir desta união. É saber que nem sempre as vantagens são pessoais. Muitas vezes, é preciso abrir mão de sua opinião, de seu desejo e de seu tempo para que o relacionamento cresça, se fortifique e torne-se mais sólida a vida em comum.
Talvez isso não lhe pareça muito com romance, amor-perfeito ou conto de fadas, onde tudo parece ser sempre ganho, vantagens e benefícios. No entanto, relacionamento é uma questão de escolha, objetivo e sentimento. O amor faz com que perdas se transformem em ganhos, com que o fato de você ceder lhe transforme em mais forte e não em mais frágil.
Tem gente que costuma dizer que viver com o ser amado é dividir com ele a sua vida. Eu prefiro a palavra “compartilhar”. Dividir parece ficar com apenas metade do que você era antes, porque dá ao outro a metade restante; enquanto que compartilhar significa ficar com o que você já era e ainda poder usufruir o que o outro é, ganhar a essência dele no intuito de aprender, de reconhecer nele qualidades que você não tinha, mas que pode assimilar e passar a ter.
Quanto aos defeitos, que os dois certamente têm, você pode reconhecer os seus através do outro, dos comentários e pedidos dele; e também pode ajudar o seu amado a evoluir com seus pedidos e percepções.
Enfim, compartilhar vidas de forma comprometida é tornar-se mais, melhor, mais inteiro. É dar o seu melhor e reconhecer que não há garantias, não há certezas, não há um “para sempre”, nunca! Por isso mesmo, amar comprometidamente é uma decisão diária, é um exercício que exige disciplina e continuidade. Não há amor ganho, não há coração conquistado... há somente a decisão pessoal e particular de recomeçá-lo todos os dias.
Enfim, compartilhar vidas de forma comprometida é tornar-se mais, melhor, mais inteiro. É dar o seu melhor e reconhecer que não há garantias, não há certezas, não há um “para sempre”, nunca! Por isso mesmo, amar comprometidamente é uma decisão diária, é um exercício que exige disciplina e continuidade. Não há amor ganho, não há coração conquistado... há somente a decisão pessoal e particular de recomeçá-lo todos os dias.
(Autor desconhecido)
Se alguém souber quem escreveu este texto,
me avise por favor!
Crica Fonseca
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Crica Fonseca
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