Os fatos são esquecidos para se tornarem lembranças adulteradas. Cada um guarda dentro de si o que escolheu entender daquilo que se passou. A paisagem, a temperatura, as palavras, o sacrifício, o zelo, o pesadelo... “_ Como era mesmo aquela estória?”.
O cenário se transforma de acordo com a visão do espectador. A mulher lembrava-se do travesseiro macio. O homem guardou consigo o valor e a nota fiscal da conta paga. A menina ainda sentia o cheiro do perfume que fazia com que ela recordasse do abraço dado. O menino era surpreendido quando se via sorrindo atoa das luzes coloridas que lhe vinham à mente. E assim tudo um dia será esquecido.
As pessoas passam em nossas vidas para serem vivenciadas até a despedida. Mesmo quando não dizem adeus elas vão embora. Passam como se apenas tivessem pegando carona no "bonde do dia-a-dia". Em algum lugar há a descida. Por idas e vindas o trilho percorre caminhos repetitivos, mas os passageiros não são os mesmos.
Se não haverá de permanecer comigo e seguirá seu próprio rio, porque assumir este peso se irá embora depois? Quietinha eu permaneço e meus sentimentos _quando não estão com medo, tentam perceber o que há de belo nisso.
Haverá de ficar algum aprendizado. E quando o que eu tiver aprendido fizer parte daquilo que eu me tornar, então fazer-se-á devidamente esquecido.
Crica Fonseca
Maio/2008
4 comentários:
Ola!! seus textos sempre me fazem refletir, aprendo muito com eles.
Bom carnaval.
Bjs.
É por essas e outras que sou a favor da intensidade, de viver o momento, de absorver os fatos e não pensar no que virá depois... Afinal, tudo passa.
Bjs!
Crica,
um dia vou ser como vc... e escrever testãooo e com Direitos autorais!!! rs
São as idas e vindas da vida,amiga. Como você disse,às vezes nem dizemos adeus... e nos afastamos, ou se afastam de nós. Então acho que o melhor é ser intenso
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