Botas Salto Agulha

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terça-feira


Meu desejo de Natal e para Ano Novo

(autor desconhecido)
Desejo que neste Natal, antes de você perceber Jesus nas luzinhas que piscam pela cidade, você O encontre primeiramente em seu coração.

E, à frente de qualquer palavra que expresse seu desejo de um feliz Natal, O encontre em suas ações.

Que você O encontre não só na alegria que sente ao sair das lojas com presentes para as pessoas que você ama, mas também na feição triste da criança abandonadanas ruas, na qual muitas vezes você esbarra apressadamente.

Que você encontre Jesus no momento em que pegar nas mãozinhas delicadasde seu filho, lembrando-se das mãozinhas pedintes, quase sempre sujas de calçada,que só sabem o que significa rudeza.

Que você O encontre no abraço de um amigo, lembrando-se dos tantos que só têm a solidão como companheira.

Que você O encontre na feição do idoso da sua família, lembrando-se daqueles que tanto deram de si a alguém, e hoje são esquecidos até pela sociedade.

Que você O encontre na lembrança suave e sempre viva daquela pessoa querida que já não está mais fisicamente ao seu lado, lembrando-se daqueles que já nem se recordam mais quem foram, enfraquecidos pelo vazio de suas vidas.

Que você encontre Jesus na bênção de sua mesa farta e no aconchego de sua família, lembrando-se daquelesque mal alimentam-se do pão e sequer um lar têm.

Que você O encontre não apenas no presente que troca, mas principalmente na vida que Ele lhe deu como presente.

Que você lembre-se, então, de agradecer por ser uma pessoaprivilegiada em meio a um mundo tão contraditório!

Que você também encontre Jesus à meia- noite do dia 31e sinta o mistério grandioso da vida, que renasce junto com cada ano.

Então festeje...

Festeje o ano que acabou não apenas como dias que se passaram, e sim como mais um trecho percorrido na estrada da sua vida!

Festeje a alegria que lhe extasiou e a dor que lhe fez crescer!

Festeje pelo bem que foi capaz de fazere pelo mal que foi capaz de superar!

Festeje o prazer de cada conquistae o aprendizado de cada derrota!

Festeje por estar aqui!

Festeje a esperança no ano que se inicia, no amanhã!

Festeje a vida!

Abra os braços do coração para receberos sonhos e expectativas do ano novo.

Rodopie... Jogue fora o medo, sinta a vida!...

Sonhe, busque, espere... Ame e reame!

Deixe sua alma voar alto... Pegar carona com os fogos coloridos.

Mentalize seus desejos mais íntimos e acredite: eles também chegarão ao céu!

Irão se misturar às estrelas, irão penetrar no Universoe voltarão cheios de energia para tornarem-se reais.

Basta você querer de verdade, ter fé e nunca,
NUNCA desistir deles!

E que seu ano seja, então, plenificado de bênçãos e realizações.



Feliz Natal e Próspero Ano Novo!!!
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sábado

Holocausto Infantil

(Moacyr Scliar)

“Os laços afetivos desencadeiam emoções verdadeiramente vulcânicas. O ódio a uma pessoa próxima muitas vezes é de tal ordem que inevitavelmente leva ao crime”.

Numa carta famosa, Albert Einstein perguntou a Freud como explicar o fato de que, nas guerras, uma minoria consiga arrastar povos inteiros para o conflito e a desgraça. Freud respondeu de maneira igualmente famosa, mencionando duas forças que coexistem no ser humano: o instinto de vida, Eros, que, partindo do amor e da sexualidade, busca preservar a existência; e a pulsão da morte, inata dentro de cada um de nós. Esta última passou a ser designada por Tânatos, que, na mitologia grega, simbolizava a morte. Tânatos era irmão gêmeo de Hipnos, o deus do sono _ uma sugestão que a morte é apenas um passo, ainda que decisivo, na trajetória dos seres vivos.

Freud tinha boas razões para pensar na morte. Afinal, ele viveu a Primeira Guerra Mundial, com seus medonhos massacres; e viu a ascensão do nazismo, desencadeador de uma guerra que ele, no entanto, não chegou a presenciar: morreu exatamente no mês e no ano em que ela teve início, setembro de 1939.

Essas coisas nos vêm à mente neste momento em que o país todo discute, não raro com revolta e indignação, o assassinato da menina Isabella. A pergunta que nos atormenta é mais do que óbvia: como alguém pode matar uma criança, uma criaturinha fraca, indefesa, que mal começou a viver? É possível o ser humano fazer uma coisa dessas?

É possível, diz Freud. Aliás, não só ele. O tema do assassino movido pela forte emoção aparece já no começo daquele que é um texto fundamental de nossa cultura, a Bíblia. O primeiro crime é praticado pelo irmão da vítima, movido por uma cega inveja. E esse tema será constante na mitologia, no drama grego. Sinal de que corresponde a uma realidade. Uma realidade ainda mais dolorosa no caso dos crimes de sangue em que pessoas matam apesar dos laços afetivos que unem, por exemplo, pais e filhos.

Apesar dos laços afetivos? Não, justamente por causa dos laços afetivos. Os laços afetivos desencadeiam emoções verdadeiramente vulcânicas. O ódio a uma pessoa próxima muitas vezes é de tal ordem que inevitavelmente leva ao crime. Trata-se de uma tensão absolutamente insuportável. E aí podemos compreender o assassinato de pais, irmãos, esposos _ de filhos. O parricídio é um exemplo. Na tragédia de Sófocles, Édipo mata o pai aparentemente por uma fatalidade. Mas será que foi mesmo fatalidade? Será, pergunta Freud, que isso mão corresponda a um impulso existente em todos nós?

Ao conceito de parricídio, o psicanalista argentino Arnaldo Raskovsky ajuntou ao filicídio, que é uma variável extrema do infanticídio, uma prática tão sóbria como antiga que obedecia a motivos vários, controle populacional, ilegitimidade, falta de condições para manter família, eliminação de crianças defeituosas (o que era comum em Esparta).

As estatísticas a respeito são impressionantes, mesmo em países avançados: no Canadá, por exemplo, os menores de 18 anos representam 17% dos homicídios, dos quais 76% praticado por um membro de família; geralmente matando um filho ou uma filha. O mesmo aconteceu na Suécia, na Dinamarca, No Reino Unido. Um verdadeiro holocausto infantil, resultante, na maior parte das vezes, de doença mental: mais da metade dos pais filicidas têm um diagnóstico psiquiátrico. A isso devemos acrescentar os maus-tratos infantis, dos quais muitas vezes resulta a morte da criança.

É medonho, mas é humano. Faz parte da nossa maneira de ser, é a materialização das fantasias que habitam os escuros de nossa mente. O processo civilizatório, diz Freud, consiste exatamente nisso, em domar os instintos, canalizando a agressividade para coisas como o trabalho. Pagamos um preço por isso, que é o preço da neurose; mas, convenhamos, é melhor elaborar nossos problemas na terapia, ainda que seja doloroso, do que descarregar nossa fúria de maneira cega.

segunda-feira



UNIVERSO PARALELO ESTá DENTRO DE NóS...
(Z�wish Samah- AH YUM HUNAB KU EVAN MAYA E MA HO!!)


MANIFESTO- POR LIVIE


O estado emocional que escolhemos é o êxtase. O alimento que escolhemos é o amor. O vício que escolhemos é a tecnologia.A religião que escolhemos é a música. A moeda que escolhemos é o conhecimento. A política que escolhemos é nenhuma. A sociedade que escolhemos é utópica apesar de sabermos que nunca será.
Vocês podem nos odiar. Vocês podem nos rejeitar. Vocês podem não nos entender. Vocês podem não estar cientes da nossa existência. Nós só esperamos que vocês não tentem nos julgar, porque nós nunca os julgaríamos. Nós nao somos criminosos. Nós não somos desiludidos. Nós não somos drogados. Nós não somos crianças ingênuas. Nós somos uma tribo enorme e global que transcende a lei do homem, a geografia física, e o própio tempo. Nós somos A Multidão. Uma Multidão.
Nós fomos primeiramente atraídos pelo som. A batida distante, tempestuosa, abafada e ecoante se comparava ao coração da mãe pulsando em seu útero de concreto, aço e fios elétricos. Nós fomos atraídos de volta a esse útero, e lá, no seu calor, umidade e escuridão, entendemos que somos todos iguais. Não somente na escuridão e para nós mesmos, mas para a mesma música que nos atinge e atravessa nossas almas: nós somos todos iguais. E em algum lugar por perto de 35Hz nós podíamos sentir a mão de Deus nasnossas costas, nos impulsionando para frente, nos impulsionando para fortalecermos nossas mentes, nossos corpos e nossos espíritos. Nos impulsionando para nos unirmos com a pessoa ao nosso lado compartilhando a alegria que sentimos ao criarmos essa bolha mágica que pode, por uma noite, nos proteger dos horrores, atrocidades e da poluição do resto do mundo. É nesse instante que nós nascemos. Nós continuamos nos encontrando nos clubs, ou galpões, ou construções que vocês abandonaram, e lá nós levamos vida por uma noite. Vida intensa, palpitante, vibrante em sua forma mais pura. Nesses espaços improvisados, nós procuramos nos desprender do peso da incerteza de um futuro que vocês não foram capazes de estabilizar e assegurar para nós.
Nós procuramos renunciar nossas inibições, e nos libertar das algemas e restrições que vocês nos impuseram para seu próprio bem. Nós procuramos reescrever a programação com que você tentou nos doutrinar desde que nascemos. Programação que nos manda odiar, que nos manda julgar, que nos manda rechearmo-nos nos mais próximo escaninho. Programação que até nos manda subir escadas pra vocês, pular por arcos, e correr em labirintos e em rodinhas de ratos. Programação que nos manda comer com a mais brilhante colher de prata que vocês usam para nos alimentar, ao invés de nos alimentarmos com nossas mãos capazes. Programação que nos manda fechar nossas mentes, ao invés de abri-las. Até que o sol se levante ofuscando nossos olhos e revelando a realidade de um mundo que vocês criaram para nós, nós dançamos intensamente com nossos irmãos e irmãs em celebração a nossa vida, a nossa cultura e aos valores em que acreditamos: Paz, Amor, Liberdade, Tolerância, Unidade, Harmonia, Expressão, Responsabilidade e Respeito.
O inimigo que escolhemos é a ignorância. A arma que escolhemos é a informação. O crime que escolhemos é quebrar e desafiar quaisquer leis que vocês achem que precisem criar para nos deter. Mas saiba que vocês podem estragar qualquer festa, em qualquer noite, em qualquer cidade, em qualquer país ou continente desse maravilhoso planeta, mas vocês nunca poderão estragar a festa toda. Você não tem acesso a esse botão, não importa o que façam. A música nunca silenciará. A batida nunca vai enfraquecer. A festa nunca terminará.Eu sou um humano, que ama a música e a vida; Eu sou um ser humano que é livre para escolher como, quando e com quem, e esse é meu manifesto.
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“As pessoas são tão belas quanto um Pôr-do-Sol quando as deixamos ser. Talvez possamos apreciar um Pôr-do-Sol justamente pelo fato de não podermos controlar.
Quando aprecio um Pôr-do-Sol não me ponho a dizer: Diminua um pouco o tom de laranja no canto direito, ponha um pouco mais de vermelho púrpura na base e use um pouco mais de rosa naquela nuvem. Não faço isso. Não tento controlar um Pôr-do-Sol. Olho com admiração a sua evolução [...].” (Carl Rogers)