Botas Salto Agulha
quinta-feira
quarta-feira
"Eu era jovem demais para saber amar...". (Pequeno Príncipe)
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O Pequeno Príncipe e Sua Rosa
As flores são fracas. Ingênuas. Defendem-se como podem.
Não deveria jamais ter fugido.
(Antonie De Saint-Exupéry * Trecho Adaptado)
domingo
Personagens e suas Psicotapologias
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Esse não é mais um conto de fadas, mas poderia ser. O vislumbre de analisar os personagens infantis à luz da psicologia não é novo. Mas, pela primeira vez, foi divulgado um relatório completo sobre as patologias de vários deles. Em, O Lobo Mau no Divã (Ed. Best Seller), a pesquisadora Laura James conta, com bom humor, como a psicoterapia pode ser útil para sanar os distúrbios psicológicos e psiquiátricos de vários deles. E, surpreenda-se; em alguns casos, os atributos que levam alguns ao patamar de “o bonzinho da história” são, na verdade, resultados de uma neurose. [...].
Lobo Mau
Diagnóstico: Psicopatia
A inabilidade em seguir regras, combinada com a falta de empatia, pode levá-lo a arroubos de fúria bastante danosos a sociedade. A vida instintiva é seu ponto de apoio para cometer crimes: fundamenta-se em sua dieta carnívora para justificar assassinatos, falsidade ideologia e estelionato. Como é comum aos psicopatas, costuma estabelecer uma relação de confiança com as vítimas. Foi com perguntas aparentemente tolas que o lobo descobriu o itinerário de Chapeuzinho Vermelho, uma de suas vítimas. O sentimento de superioridade e a falta de remorsos também fazem parte da patologia. Sugere-se ainda uma tendência de distúrbios sexuais, especialmente pedofilia. A internação em uma prisão psiquiátrica seria uma medida razoável, em prol da sociedade.
Ursinho Pooh
Diagnóstico: Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH). Tipo Predominante Desatento.
Homem de Lata
Diagnóstico: Transtorno de Personalidade Esquizóide
A morte precoce dos pais e as seqüentes violências sofridas depois disso transformaram o Homem de Lata em uma pessoa incapaz de estabelecer vínculos afetivos, preferindo a solidão. O transtorno se enraizou quando ele passou a usar uma armadura para esconder os resultados das agressões. A inabilidade de interagir, típica do transtorno, não é sinal de ausência dos sentimentos, e sim dificuldade para vivenciá-los por insegurança. A situação é notoriamente desconfortável e chega a ser somatizada no corpo com articulações travadas e ausência de um coração. Buscar ajuda do Mágico de Oz oferece um prognóstico interessante, embora seja recomendável o auxílio de psicoterapia.
Cinderela
Diagnóstico: Necessidade de Aprovação Social
Agradar a todos que a cercam, indo contra os próprios sentimentos, fez com que ela tivesse um comportamento doentio. A patologia começou após a morte da mãe _ ela aceitou a madrasta e as irmãs de criação para não desapontar o pai. A reação dele, de não se opor aos mais tratos impostos à filha pela segunda mulher, marcaram a forma de Cinderela se relacionar com o mundo. Ela passou a ter uma percepção fragmentada se si mesma, com notável baixa auto-estima. A fragilidade emocional pode ser percebida pelo fato de ela ter aceitado se casar com único rapaz com quem se relacionou, após dois encontros (no baile e na devolução do sapato perdido na festa). A psicoterapia pode ajudar a reforçar a auto-estima e a abandonar relações de dependência. O aconselhamento de casal, em companhia do Príncipe Encantado, será imprescindível.
Fonte: Revista do Correio [Correio Braziliense. Domingo, 9 de novembro de 2008. Ano 4. Nº 182]
terça-feira
Meu Príncipe Desencantado
domingo
Um amigo para as Crianças
Os adultos da modernidade precisam dar a eles a possibilidade
de imaginar o mundo encantado por trás das palavras.
Adultos, prestem muita atenção no material literário que
Não pense que isso é fantasia boba de criança...
E os pequeninos de hoje? Será que eles podem sonhar com qualidade?
Deixo então minha reflexão e algumas fotos de quando eu era um desses
quinta-feira
Preconceito
É impossível encontrar alguém que não tenha preconceito, já que internalizamos sem perceber muito da nossa herança cultural geralmente carregada de formas sutis de recursos diferentes. "Pre-conceito" significa conceito formado antecipadamente, sem adquado conhecimento dos fatos.
terça-feira
Miss Guided
Acordei pela manhã sem saber onde estava e nem que horas eram. Não me interessava voltar pro meu mundinho de rotinas. Trouxe comigo o gostinho bom de quem esteve num outro planeta qualquer. O melhor de tudo foi ter me sentindo fora do ar. Estava tudo fora da ordem... Pra que ordem mesmo, heim? Em meus delírios peguei minha vassoura dia trinta e um de outubro e ao final da noite fui Miss _ Miss Guided. Entre Bruxas e Emos me restaram olhares curiosos e uma faixa de “a mais bela”. No dia seguinte, de repente, eu estava num inferninho hardcore. Foi bom para me lembrar dos velhos tempos e melhor ainda para perceber que estamos melhores a cada ano que passa! A incoerência parecia piada dentro de mim. Peguei-me rindo de mim mesma. Senti-me menina e velha. Feia e linda. Esteticamente fora do padrão e desejada por quem dita padrão de beleza. O que meu professor de academia estava fazendo naquele lugar? Quase consegui esconder a sensação de ternura por um que já me fez passar raiva. Só alguém com uma alma grande poderia ver o que estava trancado lá dentro do meu coração, e viu. Fiz pouco caso disso. Como dizem os mais novos; “não dá nada, se der é pouca coisa!”. E não deu mesmo... Também não dei o braço a torcer, mas torci o nariz de ciúmes. Outro que me chamou atenção tinha um metro e noventa e cinco de altura, grandes olhos verdes, lindos cachos castanhos e se intitulava metrossexual. Socorro! Eu mereço ouvir isso? Ah! Hahahaha... Vi uma garota de programa que tinha acabado com o namorado e a pobre menina lésbica de quatorze anos. E os caras do pó? Duplinha estranha aquela, credo! O tatuador, sempre na dele, perecia muito bem e os meninos diziam que ele teria mãos de fadas no depois da noitada. Uma vez entre amigos não voltei pra casa. Quando consegui deitar-me um pouco pensei que lá estava eu dormindo numa cama de casal que não era a minha e sozinha, claro. Deixei a porta fechada pra ninguém entrar. Ninguém de fato entrou, mas não me deixaram cair no sono por causa do barulho. A nova namorada do meu grande amigo e dono da casa foi uma ótima companheira de balada e de cozinha. Sempre gosto de pessoas que curtem a natureza, reggae e trance _ acho que seremos boas amigas. Já se passava do meio dia e o pessoal precisava comer e fomos as duas para as panelas. Há muito tempo não me divirto tanto como neste final de semana. Mais de vinte e quatro horas pra bruxa nenhuma botar defeito! Definitivamente, eu estava mesmo precisando me desligar do meu dia-a-dia muito sério e cheio de responsabilidades. Eu havia me esquecido como pode ser bom ficar de bobeira, ficar “curtindo lombra”. E quem liga se eu me desligo uma vez ou outra? Eu nem preciso de drogas para isso. Imagine se eu usasse? (Rsrsrsrs...) De volta a vida me sobrou os risos e a certeza de que eu não preciso levar a vida tão a sério!