Botas Salto Agulha

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quarta-feira

Destinos e Borboletas



Uma moça me contou que certo dia, quando morava no fóra do seu país de origem, sentiu pena do pobre destino de uma borboleta que estava dentro do trem. Perguntou-se como aquele bicho chegara até ali. Talvez ela também estivesse no lugar errado naquele momento de sua vida. Começou a pensar no quanto sua vida estava ruim e como ter uma chance para mudar seu próprio destino. E, principalmente como aquela borboleta poderia ter a chance de sair dali. Nenhuma das duas pareciam estar com sorte.

Ela estava trabalhando em uma empresa e estava insatisfeita com o exercício medíocre de sua profissão. Não gostava da forma como sua chefe direta lhe tratava e como as pessoas pensavam naquele lugar. Era uma guerra de vaidades e ela se sentia presa aquilo sem ver opções de mudança. Queria mudar, sentia que precisava mudar a sua vida. Havia deixado sua família no Brasil para perseguir seus sonhos, mas não conseguia sonhar muito além dos pesadelos e responsabilidades profissionais.

Uma das coisas que ela mais odiava era levar mais de uma hora no trajeto para chegar até o escritório. Primeiro encarava o metrô e depois mais de meia hora dentro de um ônibus comum. Foi num destes dias, no meio da correria da estação que ela entrou num vagão e viu uma borboleta caída no chão. Tomada por alguma forma de compaixão resolveu ajudar a pequena criatura. A borboleta não se mexia, parecia estar morta. Com cuidado a segurou em suas mãos com a intenção de deixá-la em algum jardim fora de estação. Caso contrário, ela seria esmagada pelas pessoas que pouco se importavam com sua presença e apenas assistiam seu desfalecer.

Enquanto guardava carinhosamente a borboleta em suas mãos pensou no triste destino daquela criatura. Lamentava o azar de não poder voar livremente mesmo tento suas asas. A borboleta não tinha outra escolha se não morrer por falta de sorte. Pensou que seu destino também estava sendo trágico como o deste pequeno lindo ser indefeso sendo massacrado pela macro-esfera. Sentiu-se sem poder voar livremente, mesmo tendo asas. Lembrou-se de suas fragilidades e da necessidade que sentia de carinho e proteção. Percebeu-se tão sem vida como aquela borboleta.

Subindo as escadarias, no meio da multidão de pessoas secas e preocupadas, a moça avistou o ônibus que precisava entrar para chegar até o trabalho e saiu correndo. Tentou mais uma vez não machucar a borboleta e ficar atenta aos seus movimentos. Não queria chegar atrasada, precisava correr. A borboleta continuava quieta em suas mãos, como se nada pudesse perturbá-la. Chegando próximo a um pequeno jardim junto ao ponto de ônibus, a moça sacudiu a mão o mais depressa possível. Para sua surpresa a borboleta despertou em um lindo vôo mostrando-se viva e em pleno vigor.

Durante todo o dia os pensamentos da moça não se detiveram na desgraça e sim nas diversas possibilidades que vida poderia lhe oferecer num golpe de sorte e proteção como o que ela havia oferecido para aquela borboleta naquela manhã. Encheu-se de coragem para fazer as mudanças necessárias em sua vida. Sentiu que havia recebido um sinal para buscar a sua felicidade onde ela menos poderia imaginar que lhe fosse possível. Tomou decisões importantes. Decidiu pedir demissão do emprego porque percebeu que ali não era o seu lugar. Voltando para casa avistou de longe uma borboleta parecida com a que encontrara pela manhã. Percebeu que nunca havia visto se quer uma borboleta nas redondezas e concluiu que aquele não era um local adequado para borboletas e mulheres como ela.





Crica Fonseca

3 comentários:

Anônimo disse...

Nossa! que texto lindo, certeiro. Às vezes me sinto como essa moça, sem rumo, sem coragem, mas cadê a borboleta para nos dar coragem.
Bom final de semana.
Bjs.

Anônimo disse...

Olha eu de novo rs. Ganhei um lindo presente e estou repassando para vc, pois sei que vc é uma mulher bem resolvida. Vá no meu blog e pegue-o.

Bjs.

Anônimo disse...

La Buche et l'Allumette

Pour allumer une grande bûche, il faut une allumette et des pailles. On met ces pailles sur un petit bout de la bûche sur la partie la plus fine pour qu’elle s’allume plus facilement .Ensuite on lui lance une allumette. L’allumette fait enflammer les pailles en s’éteignant. Les pailles enflammées font chauffer la bûche d’une grandeur incroyable et d’une chaleur confortable.

Souvent ces gestes reviennent sous formes de la vie amoureuse. L’homme est une allumette ,les pailles sont les promesses, les baiser envolés, les cadeaux surprises, les câlins inattendues. L’homme se sert de tous ces choses au début de leur relation. La bûche…elle.. . c’est la femme.

L’allumette s’allume facilement mais s’éteigne en quelques secondes. Mais l’homme est malin ;il lui faut des pailles pour faire allumer la bûche du surface jusqu’au centre . Parce qu’il sait ou est la partie fine de la bûche, le lieu de la faiblesse d’une femme, les femmes adorent les paroles en miel, et les gestes magiques de l’amour .Il a besoin de ces pailles qu’au début de cet amour ;pour la captiver, pour la rendre plus amoureuse de lui et lorsque la femme possède un amour enflammé de superficie jusqu’à l’intérieure ,où les flammes entrent jusqu’au plus dur de son être. Cela fait depuis longtemps que le sien s’était éteint .La femme continue à aimer(tout comme la bûche qui continue de brûler ),de le chérir ,en essayant de vivre avec son absence dans un espoir fou qu’un jour il se rebrûle. Mais c’est trop tard, il s’est éteint et il aura la difficulté de s’allumer à nouveau pour une même bûche. C’est pour cela que…lorsqu’une femme se fait laisser par l’homme qui la fait brûler ;elle essaye toujours au début de s’approcher de cet homme pour pouvoir capter le bout souffre de l’allumette ou peut être par coup de chance, elle pouvait le faire rebrûler à nouveau.

Les hommes ne savent qu’est ce que les femmes en durent pendant ces temps de solitude mélanger des larmes englobées de tristesse :

Elle ne dort plus de la nuit

Elle ressent plus sa vie

Elle ne pense qu’a lui

Elle se sent trahie

Délaissée, non aimée

Elle arrive pas y croire

Que ses espoirs

Finissent dans le noir

Et elle pleure du matin au soir

L’amour s ‘allume et s’éteint

Mais le sien

Il n’a pas changé

Il est resté

Comme il a été

Apprendre à oublier

Est sa plus grande difficulté

Elle ne sait qu’apprendre à aimer

Les femmes mettent du temps à aimer car elles ont besoins de ces pailles(des instants de bonheur, des preuves d’amour).Mais lorsqu’elle aime, elle aime jusqu’au plus profond de son être. Elle aime pour longtemps, avec un amour en feu.